O preço-alvo estabelecido pelo banco é de R$ 39,50 por ação, o que implica um potencial de valorização de 41% frente à cotação atual de aproximadamente R$ 27,90.
De acordo com o relatório distribuído aos clientes institucionais, a tese de investimento na Multiplan permanece ancorada em quatro fundamentos principais.
Em primeiro lugar, destaca-se a resiliência da geração de lucros, mesmo em cenários macroeconômicos desafiadores.
Em segundo, o portfólio de ativos da companhia é composto majoritariamente por empreendimentos maduros, localizados em regiões com alto poder aquisitivo, o que sustenta taxas elevadas de ocupação e margens operacionais consistentes.
O terceiro pilar diz respeito ao valuation atrativo, com múltiplos inferiores à média histórica e em relação a pares do setor. Por fim, a geração de caixa continua sólida, com estimativa de fluxo de caixa livre de 6,5% em 2026.
Foco no BarraShopping e no BH Shopping
O Santander também destacou o recente anúncio de novos investimentos da Multiplan, que pretende alocar R$ 65 milhões na ampliação de dois de seus ativos mais relevantes: o BarraShopping, localizado no Rio de Janeiro, e o BH Shopping, em Belo Horizonte.
Segundo o banco, essas iniciativas demonstram o compromisso da companhia com a valorização de ativos já consolidados, transformando áreas subutilizadas em novas fontes de receita locatícia.
No caso do BarraShopping, será a oitava expansão desde sua inauguração em 1981. A nova área, com entrega prevista para o segundo semestre de 2026, adicionará dois mil metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL) ao empreendimento. A taxa de ocupação atual do ativo é de 95,3%.
Recentemente, a Multiplan ampliou sua participação no shopping para 73,37%, após aquisição de uma fatia adicional de 7,5%.
Já no BH Shopping, a empresa prevê um investimento de R$ 30 milhões para a adição de mil e novecentos metros quadrados de ABL.
Trata-se de um dos ativos mais produtivos da companhia, com vendas médias de R$ 40,1 mil por metro quadrado e aluguel médio de R$ 4,2 mil por metro quadrado nos últimos doze meses. A taxa de ocupação do empreendimento é de 98,7%.
Embora as expansões anunciadas não representem um impacto material no curto prazo, o Santander avalia que são indicativas da força dos ativos da companhia e de sua capacidade de extrair valor adicional de forma disciplinada.
O banco enfatiza ainda que a maior parte da nova ABL já está pré-locada, o que mitiga riscos relacionados à absorção de espaço adicional em um ambiente macro ainda incerto.
 
			 
			


 
							



