A diferença entre os resultados ocorre porque o lucro ajustado exclui itens extraordinários, como R$ 160,6 milhões referentes a impostos diferidos e R$ 172,6 milhões relacionados aos resultados da Eve. Além disso, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,27 bilhão no terceiro trimestre de 2025, queda de 35,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A empresa também sofreu impacto das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos, que somaram US$ 17 milhões no trimestre e US$ 27 milhões no ano. No período de julho a setembro de 2025, as tarifas do governo Donald Trump incidiram sobre aviação executiva (US$ 15 milhões) e serviços e suporte (US$ 2 milhões).
A Embraer aplicou R$ 575,3 milhões em investimentos individuais no 3T25, valor inferior aos R$ 629,2 milhões observados no 3T24. O capex foi de R$ 210,7 milhões, as adições líquidas ao Pool Program alcançaram R$ 53,6 milhões e as adições líquidas ao intangível somaram R$ 241,8 milhões, ante R$ 198,2 milhões no mesmo período de 2024.
Enquanto isso, a Eve investiu R$ 260,4 milhões no trimestre, acima dos R$ 142,4 milhões registrados no 3T24. Dentro desse valor, R$ 30,6 milhões foram destinados a despesas de capital, R$ 206,5 milhões às adições líquidas ao intangível e R$ 23,3 milhões à pesquisa.
A receita consolidada atingiu R$ 10,9 bilhões, alta de 16% na base anual. O fluxo de caixa livre ajustado no trimestre foi de R$ 1,6 bilhão. De acordo com a empresa, a geração líquida de caixa foi impulsionada por R$ 1,2 bilhão provenientes do Ebitda e pela menor necessidade de capital de giro, que somou R$ 1,1 bilhão.
Lembrando também que a empresa viu sua carteira de pedidos aumentar quase 40% no 3º trimestre em relação ao mesmo período de 2024, alcançando o recorde de US$ 31,3 bilhões. De acordo com comunicado ao mercado, a empresa entregou 62 aeronaves no trimestre, acima das 59 registradas no ano anterior.






