Nesta quarta-feira (15), o governo federal liberou um novo lote extra de abono salarial para mais de 1,6 milhão de brasileiros. No total, serão pagos até R$ 1,5 bilhão aos trabalhadores que têm direito, cadastrados no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep).
O lote em questão contempla apenas os beneficiários que tiveram alguma inconsistência no cadastro. Eles não conseguiram receber o valor no calendário oficial, portanto, agora têm uma nova chance.
O abono salarial é pago aos trabalhadores que tiveram ao menos um mês de carteira registrada durante o ano de 2023. Os valores variam entre R$ 126,50 e R$ 1.518, que é o valor do salário mínimo em 2025.
Segundo o governo, quem estiver na lista de pagamento tem até o dia 29 de dezembro de 2025 para sacar. Para isso, basta acessar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital, ligar para a central telefônica Alô Trabalho ou ainda se dirigir a uma agência da Caixa, no caso dos empregados do setor privado.
O depósito do valor será feito diretamente na conta bancária do trabalhador ou na Poupança Social Digital, disponível no app Caixa Tem. Já para os trabalhadores do setor público, o contato é feito com o Banco do Brasil.
O governo também destaca que aqueles trabalhadores que não foram incluídos na lista, mas acreditam que têm direito, podem entrar com um recurso. A solicitação também está disponível no app Carteira de Trabalho Digital.
O que é o abono salarial?
O abono salarial funciona como uma espécie de bônus que os trabalhadores brasileiros recebem anualmente. Ele serve para complementar a renda de quem recebe baixo rendimento, muitas vezes servindo como um 14º salário.
O calendário do abono começa sempre no mês de fevereiro de cada ano e segue até agosto, conforme informações da Caixa. Os depósitos são realizados a cada mês, dependendo da data de nascimento de cada trabalhador.
Para ter acesso ao benefício, é necessário estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos e ter trabalhado de carteira assinada no ano anterior. O governo ainda exige que o beneficiário tenha prestado serviço em empresas públicas ou privadas por pelo menos 30 dias.
O pagamento do abono salarial usa a proporcionalidade, ou seja, a cada mês trabalhado é acrescido R$ 126,50 no saldo. O teto máximo do pagamento é de R$ 1.518 neste ano de 2025.