A expectativa é sustentada pela produção recorde de minério de ferro no 3T25, estimada em 94,4 milhões de toneladas, alta de 3,8% frente ao ano anterior, e pela melhora nos prêmios de venda de finos, sinais que reforçam a credibilidade da mineradora junto aos analistas.
Além disso, o relatório da empresa apontou forte desempenho da unidade S11D, no Pará, e avanços no projeto Capanema, em Minas Gerais, fatores que suportam a convicção de que a Vale está “no caminho certo” para cumprir seu guidance de produção de 2025.
O que dizem as casas de análise?
Segundo a Genial Investimentos, a Vale deverá entregar receita em torno de US$ 10,4 bilhões (alta de 18% em relação ao trimestre anterior), Ebitda estimado de US$ 4,3 bilhões (alta de 26%) e lucro líquido de US$ 2,6 bilhões (crescimento estimado de 22%). Para a casa, a empresa “está fazendo a lição de casa” em termos de eficiência e mix de produtos, o que justifica a confiança, embora ela também reconheça que a trajetória futura dependerá de fatores externos.
O BTG Pactual (BPAC11) elevou recentemente sua recomendação para compra, destacando a disciplina de capital da Vale e a melhora operacional, embora ressalte que riscos macro persistem. Para o banco, o múltiplo de avaliação da Vale ainda exige uma visão mais conservadora diante da exposição ao mercado chinês e à infraestrutura pesada.
“Ainda acreditamos que esta é uma ação subvalorizada, mesmo que tenha havido alguma cobertura de posições vendidas recentemente e compras tímidas por parte de alguns investidores. Embora haja o risco de esta ser uma recomendação tardia, consideramos que o cenário para os próximos trimestres é favorável”, diz o BTG.
A XP Investimentos mantém recomendação neutra, destacando que a empresa está no “caminho certo” para entregar seu guidance, mas que o preço do minério e a oferta global seguem como variáveis de risco.
Segundo o Citi, os dados de produção publicados, com 94,4 milhões de toneladas de minério de ferro produzidas no 3T25 (alta de 3,8% frente ao ano anterior), reforçam o cenário de recuperação operacional da companhia.






