O presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol), Gianni Infantino, afirmou na quinta-feira (2) em Zurique que, embora o futebol não resolva conflitos, deve transmitir uma mensagem de paz e unidade, especialmente diante da operação militar de Israel em Gaza e outras tensões globais.
“Na Fifa, estamos comprometidos em usar o poder do futebol para unir as pessoas em um mundo dividido”, declarou Infantino durante uma reunião do Conselho da Fifa, onde também se encontrou com o presidente da federação palestina, Jibril Rajoub.
“Nossos pensamentos estão com aqueles que sofrem nos muitos conflitos que existem ao redor do mundo hoje. A mensagem mais importante que o futebol pode transmitir agora é de paz e unidade.”
Infantino enfatizou que a Fifa, embora não possa resolver crises geopolíticas, “pode e deve promover o futebol em todo o mundo, aproveitando seus valores unificadores, educacionais, culturais e humanitários.”
Infantino também mencionou sua reunião com Jibril Rajoub na Casa da Fifa em Zurique, onde discutiram a situação atual no Oriente Médio. Ele elogiou a resiliência da PFA e reiterou o compromisso da Fifa de usar o futebol para unir as pessoas.
A Fifa tem recebido pressões constantes para agir em relação à guerra em Gaza, com autoridades palestinas pedindo a suspensão de Israel do futebol internacional.
Há meses a questão está sendo analisada pela Fifa, mas sem uma decisão até agora. Infantino tem afirmado que assuntos como esse exigem consenso entre as confederações e devem ser tratados com cautela.
Os comentários surgiram após o vice-presidente da Fifa, Victor Montagliani, mencionar que quaisquer decisões sobre a participação de Israel em competições europeias, incluindo as eliminatórias da Copa do Mundo, são questões a serem decididas pela Uefa (União das Associações Europeias de Futebol), transferindo a responsabilidade para o órgão europeu.
Montagliani destacou: “Antes de mais nada, (Israel) é um membro da Uefa, assim como eu lido com membros da minha região… Eles têm que lidar com isso”.
Atualmente, Israel ocupa o terceiro lugar no Grupo I da Europa na fase de qualificação para a Copa do Mundo do próximo ano nos Estados Unidos, Canadá e México. A Anistia Internacional enviou uma carta à Fifa e à Uefa, solicitando a suspensão da Associação de Futebol de Israel.