Os esteroides anabolizantes (EAs) são medicamentos que suscitam polêmica no ambiente “fitness”. Juliana Salimeni, empresária, rainha de bateria e apresentadora, admitiu seu uso e alertou que “quanto mais escondido esse assunto fica, mais perigoso é”.
Em entrevista, a ex-panicat enfatiza que a falta de informação pode agravar os problemas gerados pelo uso indiscriminado desses hormônios. “Sem informação, as pessoas fazem coisas perigosas, usam produtos sem orientação médica ou se frustram por não conseguirem atingir seus objetivos”, afirma Juju, como é conhecida.
“Acho que a forma como eu falo é honesta e deixa clara a importância do acompanhamento médico para se ter o corpo desejado. Esse assunto precisa deixar de ser um tabu e ser discutido com clareza”, completa.
É crucial destacar que os EAs são medicamentos destinados à reposição de hormônios em pacientes com deficiência. Seu uso sem orientação médica pode acarretar diversos efeitos colaterais, como aumento de acne, agravamento da alopecia, maior risco cardíaco e alterações de humor.
Inspiração para o esporte
Desde 2021, a categoria Wellness no Olympia é uma das mais aspiradas por jovens praticantes de musculação que desejam competir no fisiculturismo. O padrão exigido pelos árbitros inclui membros inferiores mais desenvolvidos que os superiores, com ênfase em glúteos e coxas.
Nascida no Rio de Janeiro, a divisão mencionada foi criada para ressaltar as características mais marcantes das mulheres brasileiras. Não é por acaso que o top 5 da última edição do Olympia teve quatro atletas representando o Brasil.
Na década de 2000, quando a categoria foi instituída, Juju e suas colegas eram vistas como o padrão estético a ser alcançado. “Eu levei esse padrão e esse estilo para a TV, e, consequentemente, as outras meninas aderiram também e isso foi se espalhando”, recorda a modelo.
“A categoria Wellness foi inspirada no meu corpo […], começou com o meu estilo e foi se desenvolvendo ao longo dos anos. Fico muito feliz por ter contribuído para criar esse movimento”, acrescenta.
Palcos
Ao ser questionada sobre o motivo de nunca ter se aventurado no esporte competitivo, Juju menciona a falta de “espírito de atleta”. Ela explica que não poderia se dedicar integralmente ao fisiculturismo devido aos compromissos profissionais que sua carreira demanda.
“Recebi incentivos, anos atrás, mas não continuei porque nunca tive esse espírito de atleta. Minha vida sempre foi muito agitada por conta das gravações e de meus outros trabalhos, então eu não poderia me dedicar 100% da forma como é necessário. Creio que minha imagem é mais voltada para o incentivo e motivação a uma vida saudável do que algo tão extremo como o fisiculturismo”, conclui.