O Itaú (ITUB4) deve pagar um “dividendo adicional relevante” no início de 2026, conforme expectativa do CEO do banco, Milton Maluhy Filho.
“Com as informações que temos hoje, esperamos ter um adicional sim”, afirmou o CEO do Itaú, durante um evento promovido pela Itaúsa (ITSA4).
Ele destacou que o dividendo extra é definido após o fechamento das contas do ano e a elaboração das projeções para o ano seguinte, a fim de avaliar quanto de “capital em excesso” pode ser distribuído aos acionistas, sendo assim, o anúncio ocorrerá no início de 2026.
Contudo, antecipou que a chance de um dividendo adicional é alta, visto que o Itaú tem registrado lucros recordes e ampliado sua rentabilidade neste ano.
Palavra de ordem é crescer
Para o executivo, o banco atravessa seu melhor momento, tanto em termos de crescimento quanto em segurança, para enfrentar períodos de maior volatilidade.
Ele também vê novas oportunidades de crescimento, especialmente nos segmentos de média e alta renda, clientes corporativos e mercado de capitais, reafirmando que a prioridade do banco é “crescer”.
“O objetivo número 1 é investir na atividade e expandir o banco. No entanto, não queremos reter sobras e excessos”, disse o CEO.
Por conta disso, o Itaú não possui uma meta de payout, mas se compromete a distribuir aos acionistas, na forma de dividendos adicionais, o “capital em excesso” identificado após o fechamento do ano e a definição dos planos de crescimento para o ano seguinte.
Esse pagamento tem sido realizado há alguns anos, sendo conhecido pelo banco como “dividendo adicional”, em vez de “dividendo extraordinário”.
Acionistas da Itaúsa também ganham
A notícia de um “dividendo adicional relevante” é positiva para os acionistas do Itaú e da Itaúsa, uma vez que esta holding é uma das principais acionistas do banco e repassa os dividendos recebidos do Itaú para seus acionistas.
O CEO da Itaúsa, Alfredo Setúbal, indicou que essa lógica continuará. Ele mencionou que a Itaúsa também tem recebido dividendos crescentes de suas outras investidas, como Dexco (DXCO3), Alpargatas (ALPA4) e Motiva (MOTV3), o que tem contribuído para a redução da dívida da holding.