Os analistas da XP Investimentos, Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães, analisaram os indicadores fundamentalistas do Banco do Brasil e concluíram que preferem esperar sinais de melhoria antes de recomendar a compra de BBAS3.
O indicador Preço Sobre o Lucro (P/L) parece estar elevado em relação à média histórica, e a combinação de uma recuperação lenta e ROE abaixo do custo de captação levam os analistas a projetar um dividend yield modesto de 5,5% para 2026.
Os indicadores fundamentalistas do Banco do Brasil, disponíveis no Investidor10, ajudam a entender o porquê de o dividend yield de 5,5% para 2026 ser considerado modesto pela XP.
Os números de BBAS3
Nos últimos 12 meses, o retorno com dividendos pagos por BBAS3 foi de 7,74%, o que indica o recuo até o patamar de 5,5% projetado. A média do dividend yield da estatal nos últimos cinco anos é de 8,50%.
Como a recuperação do Banco do Brasil não será rápida, os analistas da XP preferem recomendar a compra do Itaú Unibanco (ITUB4), cujo preço-alvo foi elevado de R$ 43 para R$ 45 por ação até o final de 2026.
“Continuamos vendo o ITUB4 bem posicionado para manter ROEs acima dos seus concorrentes e do próprio custo de capital, o que explica em parte o valuation mais elevado (Preço Sobre Valor Patrimonial P/VP de 2026 próximo a 2, em comparação a uma média de 1 no setor bancário)”, concluem Guttmann e Guimarães.
De acordo com dados do Investidor10, um investimento de R$ 1 mil em BBAS3 há dez anos teria crescido para R$ 5.277,80, considerando o reinvestimento dos dividendos. Por outro lado, um investimento em ITUB4 teria gerado R$ 8.781,90.
A simulação também mostra que o Ibovespa, o índice das ações mais negociadas da bolsa brasileira, teria retornado R$ 3.308,90 nas mesmas condições.