A Amazon (AMZO34) enfrentará uma multa de US$ 2,5 bilhões, equivalente a R$ 13 bilhões, devido a dificuldades encontradas por consumidores ao cancelar serviços de assinatura.
Nos Estados Unidos, a empresa firmou um acordo com a Comissão Federal de Comércio (FTC) para encerrar uma disputa relacionada ao Prime Video, onde consumidores alegaram que eram cadastrados sem consentimento e tinham dificuldades para cancelar.
De acordo com o FTC, o design das páginas foi elaborado para enganar os consumidores, que acreditavam que haveria uma etapa adicional antes da conclusão da assinatura. Após a contratação, o cancelamento ocorria em três páginas de confirmação, resultando em confusão e na crença de que o serviço já havia sido cancelado na primeira tela.
As investigações sobre as práticas da Amazon começaram durante o primeiro mandato de Donald Trump, mas a denúncia formal foi feita no final de 2023. A multa de US$ 2,5 bilhões inclui uma parte que será devolvida aos consumidores e outra que será paga ao governo.
O acordo judicial estipula que a Amazon realizará mudanças em seus processos, facilitando a inscrição e o cancelamento de serviços. Essa multa está entre as maiores já impostas a empresas nesse tipo de autuação.
Em nota, a Amazon não reconheceu irregularidades, afirmando que os termos dos serviços são claros e que os clientes têm acesso a canais simples para cancelar suas assinaturas.
A Amazon destacou que “frustrações e erros ocasionais são inevitáveis, especialmente para um programa tão popular quanto o Prime”. No Brasil, o Prime Video custa R$ 19,90 mensalmente e R$ 166 anualmente.
Os investidores reagiram de forma positiva à notícia da multa. No pregão de sexta-feira (26), as ações da empresa apresentaram alta de 0,5%, negociadas a US$ 219 na NYSE, nos Estados Unidos.
Na B3, onde estão listados os BDRs da Amazon, cada ativo é negociado em torno de R$ 59, com uma queda de 13% no ano. Atualmente, o valor de mercado da Amazon é de US$ 2,3 trilhões, o quinto maior do mundo.