As ações da Ambipar (AMBP3) estão em queda no pregão desta sexta-feira, 26 de setembro, conforme dados da bolsa de valores. Nos primeiros minutos do pregão, os papéis apresentavam uma perda de 12%, sendo cotados a aproximadamente R$ 6,60.
O movimento de queda teve início no dia anterior, após a empresa informar sobre uma liminar judicial que a isentava do pagamento de um grupo de dívidas por um período de 30 dias. Essa notícia gerou preocupações no mercado, levantando dúvidas sobre a capacidade da empresa de cumprir suas obrigações financeiras.
Atualmente, a tendência de queda é impulsionada por uma reavaliação realizada pelas agências de classificação de risco, que rebaixaram as notas de crédito da Ambipar. A Fitch foi a primeira a anunciar a redução, cortando a nota de “BB-” para “C”, seguida pela S&P, que rebaixou de “BB-” para “D (Default)”.
De acordo com os analistas, apesar de a situação parecer precária, as classificações podem ser revistas com os próximos passos da empresa. Eles não descartam a possibilidade de um pedido de recuperação judicial, o que poderia impactar negativamente a percepção de confiabilidade do ativo.
“Caso a Ambipar anuncie formalmente um plano de reestruturação de sua dívida, as classificações serão rebaixadas para ‘RD’, a fim de refletir um evento de inadimplência restrita, ou para ‘D’, se a empresa entrar com pedido de recuperação judicial”, afirma a S&P Global Ratings.
A Fitch continuou a sequência de rebaixamentos que começou nas semanas anteriores, após observar problemas de governança na Ambipar, o que chamou a atenção dos analistas e levou à revisitação da Perspectiva Negativa.
Atualmente, a Ambipar nega ter planos de solicitar recuperação judicial. A empresa afirma que a decisão objetiva “propiciar a continuidade das atividades do Grupo Ambipar e garantir a proteção de seus ativos, enquanto se busca uma alternativa viável com os credores para resolver seus compromissos financeiros”.