O Bitcoin (BTC) tem apresentado um aumento contínuo de valor, tornando-se um dos ativos mais rentáveis do mundo. Em setembro de 2024, a criptomoeda alcançou o valor de aproximadamente US$ 73 mil; em setembro de 2025, já ultrapassou os US$ 124,5 mil, mesmo enfrentando algumas oscilações.
Essa valorização impactou diretamente a criação de fortunas no setor de criptoativos, aumentando o número de milionários e bilionários que possuem parte significativa de sua riqueza em moedas digitais.
Conforme um estudo realizado pela consultoria Henley & Partners, entre julho de 2024 e junho de 2025, o número de bilionários associados diretamente ao bitcoin aumentou 55%. Durante o mesmo período, o número de milionários cresceu 70%.
Considerando o mercado de criptoativos como um todo — incluindo o BTC, Ethereum (ETH) e stablecoins — há cerca de 241,7 mil investidores milionários no mundo, um aumento de 40% em apenas um ano.
Dentro desse grupo, 36 pessoas já alcançaram o status de bilionários, o que representa um crescimento de quase 30% em comparação ao ano anterior.
Expansão da riqueza no universo cripto
O estudo aponta que esse crescimento não ocorre de forma isolada, acompanhando um ano decisivo para a adoção institucional das criptomoedas, especialmente nos Estados Unidos, onde figuras políticas, como o presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania Trump, lançaram seus próprios tokens digitais.
Essa iniciativa contribuiu para aumentar a visibilidade e a percepção de legitimidade do setor, atraindo mais investidores institucionais e expandindo a base de usuários.
Os dados da Henley & Partners refletem apenas até junho de 2025. Desde então, tanto o Bitcoin quanto o Ethereum renova suas máximas históricas em várias ocasiões, indicando que o número de milionários e bilionários ligados ao setor pode já ser ainda maior.
Apesar da volatilidade característica desse mercado, o crescimento patrimonial promovido pelos criptoativos nos últimos meses é um fenômeno global.
Projeções para o mercado
No curto prazo, analistas consideram que o BTC pode enfrentar ajustes. A redução na quantidade de tokens disponíveis nas corretoras — devido à transferência de ativos para carteiras privadas — pode diminuir a liquidez, o que historicamente leva a maior estabilidade, mas também pode dificultar as negociações.
Por outro lado, o aumento no volume de moedas depositadas em plataformas de derivativos sugere maior chance de volatilidade, uma vez que esses ambientes favorecem operações alavancadas e especulativas.
Para o médio e longo prazo, no entanto, a perspectiva é positiva. Especialistas projetam que, se a adoção institucional continuar a crescer e a demanda global se manter em expansão, o Bitcoin pode terminar 2025 com um preço entre US$ 150 mil e US$ 200 mil.
Nesse cenário, a tendência é que a concentração de riqueza associada às criptomoedas aumente, elevando o número de investidores que se tornam milionários e bilionários com base na valorização dos ativos digitais.