A partir do próximo dia 1º, a vazão de água do Sistema Cantareira passará a operar em nível de restrição, conforme informou a ANA (Agência Nacional de Águas) na quarta-feira (24). A captação de água reduzirá de 27 metros cúbicos por segundo para 23 m³/s.
Essa decisão integra um plano de contingência seguido nas últimas semanas para evitar uma nova seca na Região Metropolitana de São Paulo. A ANA não tomava uma medida desse tipo desde 2022, evidenciando as dificuldades enfrentadas pelos reservatórios de São Paulo.
“Como medida de mitigação, a Sabesp poderá utilizar, além dos 23 m³/s autorizados no Cantareira, a vazão transposta do reservatório de Jaguari, na bacia do rio Paraíba do Sul, para o reservatório de Atibainha, com a vazão total limitada ao valor outorgado de 33 m³/s”, afirmou a agência.
Nesta quarta, os reservatórios do Sistema Cantareira operaram com apenas um terço de sua capacidade. Essa situação é preocupante, pois o sistema abastece cerca de 10 milhões de pessoas na capital e cidades vizinhas.
“Apesar de estarem localizados completamente em território paulista, os reservatórios do Sistema Cantareira recebem águas de uma bacia hidrográfica de gestão da União: a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. A ANA e a SP Águas avaliam que as regras de operação vigentes são adequadas para a gestão dos recursos hídricos do Sistema e fazem o acompanhamento diário dos dados de níveis da água, vazão e volume armazenado, visando subsidiar a tomada de decisões”, complementou a nota da ANA.
Nesta semana, a Sabesp (SBSP3) informou que os consumidores terão a pressão de sua água reduzida em cerca de 10 horas por dia. A medida foi adotada após recomendação da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) e valerá das 19h às 5h da manhã.
“A medida é preventiva e de contingência temporária, com o objetivo de preservar os níveis de água dos reservatórios e mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo, coberta pelo Sistema Integrado Metropolitano (SIM)”, declarou a companhia.