A Vibra (VBBR3) recebeu, na terça-feira (23), o grau de investimento da S&P Global Ratings, um passo significativo para investidores no Brasil e no exterior.
O grau de investimento indica baixo risco de inadimplência e alta capacidade das empresas de cumprir suas obrigações financeiras, sendo essencial para atrair investimentos.
No caso da Vibra, o grau de investimento foi atribuído na terça-feira (23), quando a S&P deu uma nota de crédito global BBB-, com perspectiva estável. Este rating é superior ao do Brasil, que atualmente está em BB.
O que diz a S&P?
Em relatório, a S&P esclareceu que a nota de crédito foi baseada na sólida posição comercial da Vibra e na expectativa de melhoria dos resultados da empresa nos próximos trimestres.
A S&P afirmou: “Esperamos que a distribuidora brasileira de combustíveis Vibra Energia continue melhorando os volumes e as margens, beneficiando-se de sua forte posição no mercado de distribuição de combustíveis no Brasil.”
A perspectiva estável reflete a expectativa de geração de caixa consistente e aumento do Ebitda, o que deve levar à redução da alavancagem e à manutenção de uma reserva de liquidez confortável.
Para a agência, as melhorias operacionais e financeiras poderão permitir um aumento dos dividendos a partir de 2026.
Projeções
A S&P também destacou que a Vibra é a maior distribuidora de combustíveis do Brasil e pode se beneficiar de ações governamentais contra práticas ilegais no setor e da expansão no mercado de energia renovável.
A agência prevê a redução da alavancagem e a melhora na geração de caixa e no Ebitda da Vibra nos próximos trimestres, que foram pressionados por recentes aquisições e reajustes de combustíveis da Petrobras (PETR4).
A S&P declarou: “Esperamos que preços mais estáveis e volumes sólidos sustentem um EBITDA e uma geração de caixa mais elevados no segundo semestre de 2025 e em 2026”.
A previsão é que a companhia registre um Ebitda ajustado de R$ 7,1 bilhões em 2025 e R$ 7,7 bilhões em 2026, com a alavancagem ajustada caindo para 2,5x-3,0x até o final deste ano e próximo de 2,0x em 2026, de acordo com a S&P.
Dividendos
A S&P indica que a Vibra pode rever seu payout e aumentar a distribuição de dividendos aos acionistas.
A previsão da agência é que a companhia distribua 25% do lucro líquido deste ano aos acionistas, o mínimo previsto em lei, devido à alavancagem que atingiu um pico neste ano.
Entretanto, a expectativa é que o payout suba para 40% a partir de 2026, com a prevista redução da alavancagem.