A Cemig (CMIG4) anunciou, no dia 23, a aprovação da distribuição de R$ 604,7 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), correspondendo a R$ 0,2113 por ação.
De acordo com a empresa, esse valor será descontado do dividendo mínimo obrigatório do exercício de 2025 e estará sujeito a uma retenção de 15% de imposto de renda na fonte, exceto para acionistas isentos dessa cobrança.
Os investidores com ações ordinárias e preferenciais da Cemig em posse no dia 29 de setembro de 2025 terão direito aos proventos. A partir de 30 de setembro, os papéis serão negociados sem direitos.
O pagamento será feito em duas parcelas: uma em 30 de junho de 2026 e a outra até 30 de dezembro de 2026.
Histórico recente de proventos
Em junho de 2025, a Cemig já havia aprovado a distribuição de R$ 596,7 milhões em JCP, ou R$ 0,2086 por ação, também com pagamento em duas parcelas ao longo de 2026.
Nesse mesmo mês, a companhia distribuiu R$ 1,8 bilhão em dividendos, referentes ao exercício de 2024.
Dividendos x investimentos
Embora haja uma sinalização positiva ao mercado, a estratégia de remuneração deve ser analisada no contexto de expansão da companhia.
Em declarações recentes, o CEO da Cemig afirmou que a empresa continuará pagando “dividendos generosos”, mas enfatizou que a prioridade é manter o maior ciclo de investimentos da história da empresa, que totaliza R$ 59 bilhões em capex até 2029.
A Genial Investimentos, em relatório, avaliou que a empresa deve manter um perfil moderado de remuneração, distribuindo cerca de 50% do lucro líquido em proventos.
Para os analistas, apesar do endividamento controlado, o foco em investimentos pode limitar a atratividade imediata da Cemig como “ação de dividendos”.
Os investimentos planejados estão direcionados para a modernização da rede elétrica e a expansão dos negócios regulados, como distribuição de energia e gás.