Nas últimas semanas, a bolsa de valores passou por mudanças, com a saída de várias companhias. Nesta terça-feira (23), a Reag Capital Holding anunciou que solicitará a deslistagem da B3.
A Reag Capital Holding comunicou ao mercado que seus acionistas aprovaram o cancelamento do registro de companhia aberta junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A deslistagem é parte de uma estratégia de simplificação do negócio, visando focar no diferencial competitivo da companhia.
Essa decisão ocorre após a venda do controle da companhia para a Arandu, uma gestora de investimentos com mais de 700 fundos sob administração. “Após a venda da Reag Investimentos (REAG3) para a Arandu e no acordo iniciado da Ciabrasf com a Planner, deixou de fazer sentido a manutenção do registro de companhia aberta”, comentaram.
A notícia surgiu semanas após a Reag ter sido alvo de busca da Polícia Federal, que investiga a utilização de fundos de investimentos para a lavagem de dinheiro do crime organizado. A empresa negou as acusações e afirmou que está colaborando com a Justiça.
A solidez da companhia ficou evidente pela rapidez nos desinvestimentos e pelo interesse de outras instituições do mercado em ativos da Reag Capital Holding. O grupo reforçou o compromisso com a transparência e a defesa de sua reputação no mercado financeiro.
Fundada em 2012, a Reag se tornou a maior gestora independente do Brasil, com bilhões sob gestão. No início deste ano, em uma manobra para acessar a bolsa de valores, adquiriu a GetNinjas, que negociava suas ações no balcão desde 2021.
Nesta terça, as ações fecharam no menor patamar da história, cotadas a R$ 2,71, conforme dados da B3. Somente neste ano, os papéis caíram pela metade, resultando em um valor de mercado da companhia de R$ 382 milhões.