Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL/São Paulo) recebeu, na semana passada, uma denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e enfrentou uma derrota na Câmara dos Deputados.
Além de Eduardo, o procurador-geral Paulo Gonet também acusou o empresário e influenciador Paulo Figueiredo, aliado da família Bolsonaro. A PGR afirma que ambos são responsáveis por articular sanções financeiras contra o Brasil.
Em agosto, a Polícia Federal já havia indiciado Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, indicando que o ex-presidente teria financiado as atividades políticas do deputado licenciado através de uma transferência bancária de R$ 2 milhões via Pix.
A decisão sobre o recebimento da denúncia da PGR cabe exclusivamente ao STF. Se aceita, uma ação penal contra Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo será aberta.
Derrota na Câmara dos Deputados
Na terça-feira (23), o parlamentar enfrentou outra derrota na Câmara dos Deputados, quando o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos/Paraíba), rejeitou sua indicação ao cargo de líder da minoria, conforme publicação no Diário Oficial da Câmara.
Com isso, Eduardo Bolsonaro, que se mudou para os EUA no início do ano e acumula ausências em seu papel como legislador, perdeu a estratégia do PL para colocá-lo como líder da minoria, uma tentativa de evitar a perda de seu mandato.
A indicação de lideranças normalmente é aceita automaticamente, mas isso não ocorreu neste caso envolvendo Eduardo Bolsonaro. Na semana anterior, Motta já havia descrito sua escolha como “um caso atípico”.
Hoje, o Conselho de Ética da Câmara abriu processo de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro, conforme solicitado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), alegando quebra de decoro parlamentar.
No entanto, Motta sinaliza que pode optar por permitir que Eduardo Bolsonaro enfrente a perda de seu mandato devido ao excesso de faltas, o que ainda pode lhe garantir alguns meses no cargo.