Nesta segunda-feira (22), a Sabesp (SBSP3) anunciou a ampliação do horário de redução da pressão da água para os consumidores de São Paulo. O controle agora terá mais 2 horas adicionais, totalizando 10 horas diárias de diminuição do volume de água que chega às residências.
A decisão da Sabesp foi tomada após uma recomendação da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo) e terá validade das 19h às 5h da manhã. Desde 19 de agosto, já havia uma redução do volume das 21h às 5h do dia seguinte.
“A medida é preventiva e de contingência temporária, com o objetivo de preservar os níveis de água dos reservatórios e mananciais que abastecem a região metropolitana de São Paulo, coberta pelo Sistema Integrado Metropolitano (SIM)”, informou a companhia.
Segundo o órgão, são necessárias ações para diminuir a possibilidade de uma eventual escassez de água no estado. Os reservatórios que abastecem a região metropolitana operaram, em agosto, no menor nível dos últimos 10 anos.
Um levantamento do Estadão revelou que o Sistema Integrado Metropolitano de São Paulo terminou o mês de agosto com menos de 40% de sua capacidade. Nesta segunda, o órgão indicou que os reservatórios estão com uma média de 32% de capacidade, o que acendeu o alerta das autoridades.
“A gestão da demanda noturna é uma medida eficiente porque ajuda a economizar água, reduz perdas e causa menos impacto para a população, por ser realizada no período de menor demanda”, explicou o diretor-presidente da Arsesp, Thiago Mesquita Nunes.
Os imóveis mais afetados pela medida são aqueles que recebem água diretamente da rede pública. Já aqueles com caixa d’água devem sentir um impacto menor da redução, segundo informou a Sabesp.
Ações caem
Após o anúncio, os investidores reagiram vendendo ações da companhia, que foi recentemente privatizada pelo governo de SP. Por volta das 14h, os papéis da Sabesp apresentavam queda de quase 2% no pregão.
Cada ação era negociada na faixa de R$ 130, segundo dados da B3. Apesar dessa queda, as ações da Sabesp têm proporcionado valorização significativa aos investidores em outros cenários.
Desde a entrada da companhia na bolsa de valores, o aumento no preço das ações já alcança 1.500% em retorno. Somente neste ano, o avanço foi de 45%, conforme indicado pela bolsa de valores.