Não é de hoje que o investidor brasileiro cada vez toma consciência da importância de ter, pelo menos, uma parcela de seu patrimônio alocado em moeda forte, em especial, o dólar americano. A novidade é que as stablecoins permitem essa exposição com mais eficiência tributária, ao se livrarem da cobrança de IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).
Ter investimentos dolarizados também diversifica o risco-país ao qual os brasileiros estão sujeitos, na avaliação dos analistas Matheus Parizotto e João Galhardo, do BTG Pactual. E as criptomoedas lastreadas em dólar também diminuem a dependência de fatores políticos e fiscais do Brasil, melhorando a relação risco/retorno da carteira.
Os especialistas comentam que as projeções do BTG Pactual Portfolio Solutions indicam uma assimetria favorável para manter parte do caixa em dólar nos níveis atuais. Outra vantagem das stablecoins é que sua negociação pode ser realizada em qualquer dia e horário, incluindo feriados.
Para quem ainda não entendeu, as stablecoins são criptomoedas com lastro de 1 para 1 em dólares, amplamente amparadas com auditorias mensais. As principais stablecoins da atualidade são Tether (USDT) e USDC (USDC), com valores de mercado de US$ 171,53 bilhões e US$ 74,16 bilhões, respectivamente, segundo dados do Investidor10.
Era das stablecoins
As stablecoins, além de estarem presentes há anos nas exchanges, como Binance (BNB) e Coinbase (COIN), já têm presença no mercado financeiro tradicional, sendo possível comprar e vender criptomoedas lastreadas em dólar em instituições financeiras como BTG Pactual (BPAC11) e Nubank (ROXO34).
Para quem busca proteção cambial, a solução por meio de stablecoin é direta: não envolve rolagem como nos contratos futuros, não depende de horário de pregão e conta com a infraestrutura de custódia.
Vale lembrar que o GENIUS Act, plano regulatório aprovado nos Estados Unidos em 2025, criou um regime federal para emissores de stablecoins de pagamento, exigindo reservas de paridade 1 para 1, atestações regulares e supervisão prudencial, reforçando a proteção de quem utiliza ativos líderes como o USDC.