O Brasil recebeu a maior turbina de geração eólica onshore das Américas através de uma parceria entre Petrobras (PETR4) e Weg (WEGE3), que acaba de entrar em operação na Bahia.
Com 220 metros de altura e um peso de 1.830 toneladas, o equipamento foi desenvolvido em dois anos.
A previsão é de que ele gere cerca de 2.500 MWh/mês, o suficiente para o consumo anual de aproximadamente 15 mil residências brasileiras.
O aerogerador é resultado das obrigações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras.
Segundo as regras da ANP (Agência Nacional de Petróleo), as empresas de petróleo devem investir parte da receita bruta em projetos de inovação para manter concessões de exploração e produção.
A Petrobras firmou uma parceria com a Weg para o desenvolvimento da turbina, investindo R$ 130 milhões, com apoio do BNDES e do governo federal.
A diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, destacou que o investimento em energia eólica permitirá à empresa adquirir conhecimentos para futuros projetos, além de diversificar a matriz energética brasileira.
Weg vê espaço para produção em série
O aerogerador possui 7MW de potência instalada, o que pode reduzir o custo da energia, uma vez que produz mais eletricidade por área ocupada e diminui a necessidade de múltiplos aerogeradores, otimizando o uso do terreno.
A Weg acredita que há espaço para a produção em série do equipamento, dada a crescente demanda por novos projetos de energia eólica.
João Paulo Gualberto da Silva, Diretor Superintendente da WEG Energia, afirmou que o desenvolvimento do aerogerador de 7 MW demonstra a capacidade de inovação da empresa e o seu papel no avanço da energia eólica.
Statkraft comprou a 1ª turbina
O equipamento foi adquirido pela empresa norueguesa Statkraft, que é cliente da Weg, e foi instalado no Parque Eólico Seabra, no Complexo Eólico Brotas de Macaúbas, na Bahia.
A Statkraft é a maior geradora de energia renovável da Europa e atua na geração e comercialização de energia no Brasil para diversos setores comerciais e industriais.
As empresas esperam que a modernização do Complexo de Brotas de Macaúbas traga ganhos de eficiência e produtividade, abastecendo milhares de residências brasileiras com energia limpa.