Na noite de terça-feira, 16 de outubro, a Oncoclínicas (ONCO3) apresentou uma proposta de aumento de capital no valor máximo de R$ 2 bilhões, planejando emitir 666 milhões de ações a um preço fixo de R$ 3 cada.
Assim, o aumento poderá variar entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões, dependendo da demanda do mercado. O preço foi definido com desconto em relação ao fechamento do dia anterior, porém acima do valor operado na quarta-feira, 17 de outubro.
Conforme as regras estabelecidas, cada ação subscrita permitirá que os investidores tenham direito a um bônus de subscrição, a ser exercido em até dois anos, conforme a estratégia de cada investidor.
Atualmente, o valor de mercado da Oncoclínicas é inferior a R$ 2 bilhões, de acordo com dados da B3. A alavancagem da empresa é considerada alta, em 4,5 vezes o Ebitda.
A proposta ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Geral Extraordinária, programada para o dia 8 de outubro. Se aprovada, será o terceiro aumento de capital da empresa em dois anos.
Este aumento de capital é uma alternativa à oferta recebida pela Oncoclínicas da gestora Starboard, que propôs pagar parte da dívida da companhia em troca de ações.
A oferta também incluiu diversos requisitos, como a troca do CEO, uma condição que não foi bem recebida pelo conselho de administração.
“O conselho de Administração da companhia, com o suporte de seus assessores, decidiu por rejeitar a proposta da Starboard, registrando, no entanto, que avaliará eventuais propostas que possam gerar valor para a Companhia e seus acionistas, em cumprimento aos seus deveres fiduciários”, afirmou, em fato relevante enviado à CVM.