O Ibovespa fechou acima dos 144 mil pontos pela primeira vez na história nesta terça-feira (16), sendo esse um dos registros da B3 nesta semana.
O índice de dividendos da B3 (IDIV) e 17 ações listadas na bolsa brasileira também alcançaram suas máximas históricas esta semana, conforme levantamento da Elos Ayta Consultoria.
“Setembro de 2025 entra para a história da bolsa brasileira: o índice segue quebrando recordes, o IDIV acompanha de perto e várias ações individuais reforçam a força do mercado, oferecendo oportunidades de valorização e de dividendos consistentes para investidores atentos”, comentou o CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero.
Incorporadoras brilham
De acordo com o estudo, o setor de incorporação imobiliária se destaca, pois quatro das 17 ações que bateram recordes nesta semana pertencem a construtoras e incorporadoras, e três desses papéis já acumulam uma alta superior a 100% no ano.
A Moura Dubeux (MDNE3) atingiu sua máxima histórica nesta terça-feira (16), fechando a R$ 27,27, e já apresenta uma valorização de 160% em 2025.
A Lavvi (LAVV3) e Planoeplano (PLPL3) subiram 118% e 113% no acumulado do ano, respectivamente, alcançando cotações inéditas recentemente.
O desempenho dos setores de energia elétrica, água e saneamento também merece destaque, com três ações de cada um deles figurando na lista dos recordes da semana.
A Eletrobras (ELET3, ELET6), por exemplo, aparece duas vezes na lista, já que suas ações ordinárias e preferenciais classe B atingiram patamares inéditos nesta terça-feira (16).
Veja as 17 ações que bateram recorde na B3 nesta semana:
- Marfrig (MRFG3): R$ 27,52;
- Lavvi (LAVV3): R$ 15,31;
- Moura Dubeux (MDNE3): R$ 27,27;
- Planoeplano (PLPL3): R$ 17,73;
- Totvs (TOTS3): R$ 44,44;
- Track & Field (TFCO4): R$ 13,67;
- Cyrela (CYRE3): R$ 30,62;
- Sabesp (SBSP3): R$ 127,06;
- Copasa (CSMG3): R$ 32,89;
- Marcopolo (POMO4): R$ 9,65;
- Eletrobras (ELET3): R$ 47,96;
- Eletrobras (ELET6): R$ 50,81;
- Orizon (ORVR3): R$ 56,80;
- Wilson Sons (PORT3): R$ 18,16;
- Iguatemi (IGTI11): R$ 24,05;
- Cemig (CMIG4): R$ 11,19;
- Banco ABC Brasil (ABCB4): R$ 23,00.
O que explica os recordes?
A bolsa brasileira tem registrado recordes sucessivos nos últimos dias devido à expectativa de queda dos juros americanos nesta quarta-feira (17).
O corte de juros deve diminuir a atratividade dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, levando os investidores a procurarem novas oportunidades ao redor do mundo, o que favorece os ativos de países emergentes.
O Brasil se beneficiou desse movimento, pois, diferente dos Estados Unidos, deve manter a taxa Selic em 15% na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) desta quarta-feira (17).
Alguns analistas já projetam que o Ibovespa pode chegar a 150 mil pontos até o final de 2025.
Entretanto, a lista de ações que bateram recordes recentemente mostra que histórias positivas também estão atraindo investidores.
A Eletrobras, por exemplo, teve um desempenho significativo nos últimos dias após analistas destacarem o potencial de dividendos da elétrica.
A Marfrig (MRFG3) está em tendência de alta desde que recebeu aprovação para avançar com a fusão com a BRF (BRFS3) e anunciou dividendos bilionários.
O sucesso das incorporadoras, segundo Einar Rivero, reforça o interesse dos investidores em setores relacionados ao crescimento urbano e consumo.