O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) confirmou a deflação em agosto de 2025, registrando uma queda de 0,21%. O dado é do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com isso, a inflação medida pelo INPC mostrou uma alta de 5,05% nos últimos 12 meses e um acumulado de 3,08% desde o início de 2025.
A principal diferença entre o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e o INPC está no público-alvo: o INPC abrange as variações de preços percebidas por famílias com renda de até cinco salários mínimos. Para esse grupo, os preços dos alimentos caíram 0,54% em agosto.
Os preços da habitação apresentaram a maior queda, superior a 1%, impactando contas como água e luz. Em contrapartida, os custos com vestuário aumentaram 0,77% e os de Educação, 0,70%.
Entre as capitais, o Rio de Janeiro registrou a maior deflação, com queda de mais de 0,5%. Goiânia e Porto Alegre tiveram redução de 0,4%, enquanto Vitória foi a única capital a ter aumento de preços, com avanço de 0,3% em relação a julho.
Na capital paulista, os preços caíram 0,09%, e em Belo Horizonte, houve uma baixa de 0,27%.
A deflação era esperada pelo mercado, especialmente após a divulgação do IPCA-15 pelo IBGE no final do mês anterior. O Brasil apresentou a maior deflação nos últimos três anos, indicando que a política monetária do Banco Central está influenciando os preços.
No último Boletim Focus divulgado pelo BC, a expectativa é de que a inflação feche o ano em 4,85%. Embora haja uma queda em relação a 2024, esse número ainda está acima da meta de 3%, que tem uma margem de 1,5% para mais ou menos.
Para 2026, o boletim projeta que os preços fiquem dentro da meta, com uma aproximação de 4,3%.