Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) continuaram a oferecer retornos elevados em agosto, embora em níveis ligeiramente inferiores aos de julho, conforme levantamento da Quantum Finance.
As taxas atingiram 14,94% ao ano nos prefixados de curto prazo e IPCA +9,99% para os títulos atrelados à inflação.
O estudo analisou mais de 700 CDBs de diferentes prazos e indexadores, evidenciando o apetite das instituições financeiras por captar recursos e as opções disponíveis para os investidores.
Pós-fixados seguem como porta de entrada
Entre os CDBs atrelados ao CDI, a taxa mais alta foi de 107% do CDI, oferecida pela Qista em títulos com vencimento de 24 meses.
Nos prazos mais curtos, o Banco Pine (PINE4) pagou até 105% do CDI em papéis de três meses, enquanto o Banco Inter ofereceu até 103% em emissões de seis meses.
Apesar de sua atratividade, houve uma ligeira redução em comparação a julho, quando alguns papéis chegaram a oferecer até 120% do CDI.
Inflação garante ganhos reais mais robustos
No grupo dos indexados ao IPCA, os retornos foram notáveis. Em títulos com vencimento em 12 meses, o Banco ABC Brasil (ABCB4) chegou a oferecer IPCA +9,99%, a maior taxa da categoria.
Para prazos mais longos, de até 36 meses, o Haitong Banco de Investimento pagou até IPCA +8,36%, com uma rentabilidade média de 7,72% no período.
Segundo a Quantum, os CDBs atrelados à inflação demonstraram ser mais rentáveis que muitos papéis públicos disponíveis no Tesouro Direto, reforçando seu apelo para investidores que buscam proteger o poder de compra.
Prefixados entregam os maiores retornos nominais
Os CDBs prefixados foram os que mais renderam em agosto. O maior retorno nominal, de 14,94% ao ano, foi registrado em títulos de três meses emitidos pela Stellantis Financiamentos.
Nos prazos mais longos, os destaques foram a Sinosserra Financeira, que ofereceu até 14,75% ao ano em títulos de 12 meses e até 14,40% ao ano em vencimentos de 36 meses.
O que considerar antes de investir
Embora os CDBs contêm a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), limitada a R$ 250 mil por CPF e por instituição, especialistas alertam para alguns pontos essenciais:
- Risco de crédito do emissor: bancos médios costumam pagar mais, mas apresentam maior risco.
- Prazo de vencimento: prazos mais longos geralmente estão associados a taxas maiores, mas possuem menor liquidez.
- Objetivos do investidor: títulos de longo prazo podem ser vantajosos para quem busca acumulação, mas podem não ser ideais para quem necessita de liquidez no curto prazo.
Em resumo, agosto trouxe oportunidades relevantes para quem busca diversificação e bons retornos na renda fixa.