A Sabesp (SBSP3) anunciou na noite de domingo (5) a aquisição de 70% do controle da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) por R$ 1,131 bilhão. A transação envolve a Vórtx Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários e a Eletrobras (ELET3; ELET6).

Com o acordo, a Sabesp passará a controlar 70,1% da Emae, mas a operação ainda está sujeita à aprovação de autoridades regulatórias. Segundo a empresa, a aquisição é um passo estratégico para integrar sistemas hídricos e ampliar a quantidade de ativos de geração elétrica.
Entenda a aquisição
A compra da Emae pela Sabesp (SBSP3) é composta por duas operações simultâneas. A primeira envolve 74,9% das ações ordinárias, que pertenciam à Phoenix Água e Energia, adquiridas por R$ 59,33 cada. A segunda envolve 66,8% das ações preferenciais da Eletrobras, negociadas a R$ 32,07 cada uma.
Após a conclusão das transações, a Sabesp deterá cerca de 70% do capital total da Emae. De acordo com a empresa, essa movimentação reforça as frentes estratégicas de segurança hídrica e geração de energia.
A Sabesp informou à CVM que a integração dos sistemas Guarapiranga e Billings permitirá uma gestão mais flexível dos recursos hídricos na Região Metropolitana de São Paulo.
A Emae possui um portfólio de ativos elétricos sustentado por contratos de longo prazo indexados à inflação, o que ajuda a manter a estabilidade financeira e a gerar valor recorrente.
Itaú BBA e UBS avaliam operação da Sabesp (SBSP3)
Em relatórios divulgados nesta segunda-feira (6), analistas do Itaú BBA e UBS BB avaliaram de forma positiva a aquisição. Para o UBS, o negócio reforça a segurança hídrica da Grande São Paulo ao unificar a gestão dos mananciais de Guarapiranga e Billings, além de criar uma plataforma de geração de caixa indexada à inflação.
Os analistas Giuliano Ajeje e Henrique Simoes destacaram que a transação deve tornar a Sabesp mais eficiente em termos de estrutura de capital, com benefícios de co-otimização entre os recursos hídricos e energéticos.
O Itaú BBA classificou o acordo como estratégico, embora represente cerca de 1,3% do valor de mercado da companhia. Segundo Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Victor Cunha, a incorporação de ativos de geração de energia e o controle de reservatórios críticos fortalecem o portfólio da empresa e ampliam as sinergias operacionais.
“Essa transação permite à Sabesp (SBSP3) integrar os sistemas Guarapiranga e Billings, o que deve melhorar significativamente a segurança hídrica nas principais regiões. Embora represente uma aquisição pequena, cerca de 1,3% do valor de mercado da companhia, é uma movimentação estratégica e apresenta sinergias claras com os ativos da Sabesp”, afirmaram os analistas do Itaú BBA.