
A XP divulgou um novo relatório com projeções para os dividendos da Vale (VALE3), após a mineradora anunciar uma oferta para recompra de debêntures participativas. O banco avaliou os impactos da operação na alocação de capital e nos pagamentos futuros aos acionistas.
Segundo os analistas, a iniciativa da Vale é positiva do ponto de vista financeiro, mas pode reduzir a probabilidade de novos dividendos extraordinários no curto prazo.
“Embora vejamos a potencial aquisição das debêntures participativas como assertiva do ponto de vista da alocação de capital, acreditamos que ela reduz a probabilidade de pagamentos extraordinários de dividendos no curto prazo”, diz o relatório divulgado pela XP.
A oferta facultativa da companhia prevê a recompra de até a totalidade das debêntures de sua 6ª emissão, por R$ 42 cada. A operação pode representar um desembolso relevante e afetar a margem disponível para distribuições adicionais aos acionistas.
Entenda a recompra de debêntures da Vale (VALE3)
A Vale (VALE3) anunciou na segunda-feira (6) uma proposta para adquirir até a totalidade das debêntures participativas de sua 6ª emissão. O preço oferecido é de R$ 42 por título, segundo comunicado ao mercado.
Atualmente, há 388,5 milhões de debêntures em circulação, e a proposta cobre 100% desses títulos. O valor inclui R$ 0,01 de valor nominal, R$ 0,07 de correção monetária e R$ 41,92 de prêmio de aquisição. A empresa informou que o prêmio representa um adicional de 52.400% sobre o valor nominal unitário.
A oferta está condicionada à obtenção de financiamento em condições consideradas razoáveis e ao recebimento das manifestações dos investidores interessados. Caso essas condições não sejam atendidas, a operação poderá ser cancelada.
De acordo com a Vale (VALE3), o objetivo é otimizar a estrutura de capital, gerenciar passivos financeiros e oferecer maior liquidez aos investidores. Após a recompra, os papéis adquiridos serão cancelados.