
A Tesla anunciou uma ofensiva de preços para recuperar tração no competitivo mercado de veículos elétricos. O novo Model Y Standard chega por US$ 39.990, enquanto o Model 3 Standard foi precificado em US$ 36.990, marcando a entrada da montadora de Elon Musk no segmento de elétricos mais acessíveis.
O movimento ocorre logo após o fim do subsídio fiscal de US$ 7.500 para elétricos nos Estados Unidos, que havia encarecido o produto final. Para manter a rentabilidade, a Tesla simplificou o design do SUV: o teto panorâmico foi substituído por um vidro fixo, os assentos passaram a ser de tecido e o volante ganhou ajuste manual. A autonomia estimada continua em 321 milhas, segundo a EPA.
Durante o pregão, as ações da Tesla caíram 4,45%, mas subiam 0,24% no after hours em Nova York, em uma reação moderada do mercado.
Tesla enfrenta pressão da China e ceticismo de investidores
A nova estratégia da Tesla busca responder à maré de veículos elétricos chineses de baixo custo, de marcas como BYD, Nio e XPeng. A companhia havia prometido um modelo de US$ 25 mil — o chamado “Model 2” —, mas Musk cancelou o projeto para concentrar esforços no Cybercab, um veículo autônomo sem volante ou pedais.
Agora, o foco parece ser reconquistar o público e preservar margens em um cenário de concorrência feroz. O anúncio foi precedido por uma campanha misteriosa no X (antigo Twitter), com vídeos que mostravam apenas faróis surgindo da escuridão e a data “10/7”.
Entre investidores, o lançamento divide opiniões: se por um lado o preço reduzido pode impulsionar o volume, por outro, reforça o desafio da Tesla em equilibrar custo e rentabilidade num mercado em rápida transformação.