O dólar opera em alta nesta quinta-feira (25), impulsionado por dados positivos da economia dos Estados Unidos.
Às 12h23, a moeda subia 0,48% e era negociada por R$ 5,35, o maior valor dos últimos três dias.
A alta ocorre após o Departamento de Comércio revisar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos do segundo trimestre de 2025.
De acordo com o órgão, a economia americana cresceu 3,8% entre abril e junho deste ano, impulsionada pelo aumento nos gastos com consumo e pela redução das importações.
O resultado superou a estimativa anterior e a projeção do mercado, que era de uma alta de 3,3%, representando a melhor taxa de crescimento dos Estados Unidos nos últimos dois anos.
Além disso, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos de seguro-desemprego caíram na semana encerrada em 20 de novembro, totalizando 218 mil.
Esse número representa uma redução de 14 mil pedidos em relação à semana anterior, que teve 232 mil entradas no seguro-desemprego, e superou a expectativa do mercado, que projetava 235 mil pedidos.
Bolsas caem, de olho nos juros
Com isso, o dólar voltou a ganhar força ante o real e outras moedas emergentes. As bolsas americanas, no entanto, registram queda devido ao possível impacto desses dados nas próximas decisões do Fed (Federal Reserve).
O Fed cortou os juros americanos pela primeira vez no ano na semana passada e indicou que mais dois ajustes podem ser realizados ainda em 2025.
Entretanto, a decisão de reduzir os juros foi fundamentada na desaceleração do mercado de trabalho americano, visto que a inflação continua acima da meta de 2% nos Estados Unidos.
Diante disso, há preocupações entre os analistas de que os dados econômicos mais fortes apresentados nesta quinta-feira (25) possam levar o Fed a rever este plano.
As expectativas para mais um corte de juros na próxima reunião do Fed, por sua vez, já tiveram uma leve queda, passando de 91,9% para 85,5%, segundo o monitor FedWatch.
Brasil
No Brasil, o Ibovespa também opera em baixa nesta quinta-feira (25).
O principal índice da B3 chegou a cair mais de 0,5% e a perder os 146 mil pontos na primeira hora do pregão, mas depois amenizou a queda. Às 12h50, recuava 0,11%, aos 146.333 pontos.
A queda ocorre mesmo após a prévia da inflação subir menos que o esperado em setembro, com o mercado atento ao movimento em Wall Street e ao cenário eleitoral.
A pesquisa Pulso Brasil/Ipespe indicou que a aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu sete pontos percentuais entre julho e setembro, alcançando 50% e superando o índice de desaprovação, que é de 48%.