No dia 1º de agosto, o Banco do Brasil (BBAS3) viu suas ações atingirem a cotação mínima do ano, de R$ 18,35.
Desde então, os investidores parecem ter maior confiança na tese de investimentos do banco público, resultando em uma alta de quase 25% nas ações do BB na bolsa de valores durante esse período.
Na quinta-feira (11), as ações registraram um crescimento de quase 2% no pregão, aproximando-se da cotação de R$ 22,50. No acumulado da semana, a alta chega a 8%, conforme dados da B3.
Um dos fatores que contribuíram para esse desempenho foi a ajuda do governo federal à instituição financeira, que recebeu R$ 12 bilhões visando a renegociação de dívidas de produtores rurais devido à alta inadimplência no setor do agronegócio.
Recentemente, um levantamento revelou que mais de 20 mil clientes do setor agro no banco estão com pendências superiores a 90 dias, e cerca de 800 deles estão em recuperação judicial, impactando negativamente a atratividade dos balanços financeiros aos investidores.
Outra medida que auxiliou na recuperação do banco foi a Resolução CMN nº 5.244/2025, que flexibilizou os critérios de cura para empréstimos com parcelas acima de 3 meses.
Analistas do Safra observam que, apesar das notícias positivas, os fundamentos do banco ainda são fracos. A alta exposição do BB ao agronegócio continua a apresentar riscos relacionados ao aumento do crédito.
Os analistas afirmam que o BB pode registrar cerca de R$ 1,5 bilhão a mais em lucro líquido em 2026 e uma potencial redução da pressão nas ECL nos próximos trimestres, a partir do quarto trimestre de 2025. Isso sugere uma melhora na perspectiva de curto prazo, com menos ônus contábil e maior retomada da receita de juros.
O Banco do Brasil ocupa a 11ª posição na lista de empresas mais valiosas do Brasil, com um valor de mercado de US$ 23,8 bilhões, segundo o monitor Companies Market Cap. Entre os bancos que atuam no Brasil, é o sexto com maior valor de mercado.