O Departamento do Trabalho informou nesta quinta-feira (11) que o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,4% em agosto, após ter avançado 0,2% em julho. Em 12 meses, até agosto, o indicador acumula alta de 2,9%, o maior resultado desde janeiro, após um aumento de 2,7% no mês anterior.
Ao desconsiderar os componentes mais voláteis, como alimentos e energia, o núcleo do CPI registrou uma elevação de 0,3%, repetindo a variação de julho. Em termos anuais, o núcleo subiu 3,1%, mantendo o mesmo nível do mês passado.
“O dado dificulta a decisão do Fed (Federal Reserve) para a reunião do Fomc, pois o corte esperado na taxa de juros pode resultar em novos aumentos nos preços. Diante do enfraquecimento do mercado de trabalho, a expectativa é de que o ciclo de afrouxamento monetário seja retomado na próxima reunião…”, avaliou Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
André Valério, economista sênior do Inter, afirmou que, apesar de alguns sinais de cautela, o resultado “não deve mudar o pensamento do Fed, que continua focado no desempenho do mercado de trabalho. Considerando os últimos dados de emprego, o Fed deve iniciar o ciclo de cortes na próxima reunião do dia 17, com um corte inicial de 25 pontos base e sinalizar uma sequência de cortes.”
O PPI (Índice de Preços ao Produtor) dos Estados Unidos recuou 0,1% em agosto em relação a julho. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve alta de 2,6%. O núcleo do PPI, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, apresentou alta de 0,3% em agosto na base mensal, após um aumento de 0,6% em julho.