As ações da Méliuz (CASH3) lideram os ganhos do Ibovespa nesta quarta-feira (8), após a companhia anunciar um novo programa de recompra de papéis. Por volta das 11h50, os papéis subiam 4,48%, cotados a R$ 4,43.

A empresa informou que o conselho de administração aprovou a recompra de até 9,1 milhões de ações, o equivalente a 10% dos papéis em circulação, com prazo de até 18 meses para execução. A Méliuz destacou que o objetivo é “maximizar a geração de valor para o acionista e poder fornecer um eventual percentual de participação e, com isso, um aumento do número de bitcoin por ação”.
A Méliuz acrescentou que possui atualmente 604,69 bitcoins, avaliados em cerca de R$ 397,3 milhões, além de R$ 71,5 milhões em caixa. O valor de mercado da empresa é de aproximadamente R$ 479 milhões, e as ações encerraram o pregão de terça-feira (7) a R$ 4,24.
BTG traz projeções positivas para Méliuz (CASH3)
O anúncio ocorre um dia após o BTG Pactual divulgar um relatório com projeções otimistas para a empresa. O banco afirmou que “não se surpreenderia ver a Méliuz explorando alternativas para executar um programa de recompra”, citando o nível atual das ações e a melhora operacional do negócio legado.
Segundo o BTG, a discussão sobre a avaliação da companhia, desconsiderando o caixa líquido, é semelhante à observada em ciclos anteriores, quando reduções de capital de cerca de R$ 440 milhões, equivalentes a 85% do valor de mercado antes da primeira distribuição, impulsionaram fortemente as ações.
O relatório também destacou que, se o negócio legado fosse avaliado em aproximadamente R$ 200 milhões, o que implicaria um múltiplo EV/EBITDA abaixo de três vezes, as ações da Méliuz poderiam subir até 35%. “A assimetria da tese segue favorável para o lado positivo”, escreveu o banco.
Na análise mais ampla, o BTG afirmou que o “negócio de cashback está ganhando força, embora ainda não esteja totalmente refletido no preço das ações”. O banco prevê que o Ebitda da companhia alcance cerca de R$ 20 milhões no terceiro trimestre de 2025, acima da estimativa anterior de R$ 16 milhões. A instituição mantém recomendação de compra para as ações da Méliuz (CASH3), com preço-alvo de R$ 9,00 em 12 meses.