
O recuo no lucro foi influenciado principalmente pela diminuição da receita e pelo aumento das despesas financeiras. Apesar disso, a Camil conseguiu manter estabilidade nas margens operacionais, o que ajudou a sustentar o otimismo dos investidores.
O EBITDA somou R$ 250,6 milhões no trimestre, uma redução de 12,9% na comparação anual, com margem de 8,4%, praticamente estável em relação ao segundo trimestre de 2024. Já a receita líquida totalizou R$ 2,98 bilhões, queda de 8,6% na base anual.
Resultados da Camil (CAML3) acima das projeções do BBA
De acordo com relatório do Itaú BBA, a Camil apresentou resultados “sólidos” no trimestre, com um EBITDA 3% acima das projeções do banco e no limite superior das estimativas de consenso.
O documento divulgado pela instituição financeira destaca que a margem EBITDA de 8,4% “coloca a empresa em trajetória semelhante à do exercício de 2024 e no caminho para entregar os resultados esperados para 2025”.
O BBA afirmou que a queda de preços no segmento de arroz foi compensada por um aumento de volumes no segmento internacional e por maiores preços na divisão de crescimento. O relatório ainda aponta potenciais fatores positivos à frente, como a possível recuperação dos preços do arroz, maior racionalidade de preços entre concorrentes no mercado doméstico de açúcar e uma esperada queda nas taxas de juros.
O banco também chamou atenção para a alavancagem da companhia, medida pela relação dívida líquida/EBITDA, que chegou a 4,1 vezes.
Neste contexto, o BBA classificou as ações da Camil (CAML3) como Outperform, equivalente a compra, com preço-alvo de R$ 7,50 para o fim de 2025.