O governo federal já decidiu que não acionará o horário de verão em 2025. Segundo o ministro de Minas e Energia, não há necessidade de mudar o fuso horário para economizar energia elétrica no país.
“O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico se reúne mensalmente para discutir a segurança energética nacional e a modicidade tarifária. Concluímos que, graças ao planejamento e ao índice pluvial dos últimos anos, estamos em uma condição de segurança energética completa e absoluta para este ano”, continuou.
A fala do ministro ocorreu durante uma entrevista em que comentou o apagão de energia que vários estados registraram na madrugada desta terça. Segundo ele, o problema foi pontual e não está relacionado à distribuição de energia pelo país.
Ele lembrou que a matriz energética brasileira é majoritariamente hidrelétrica, proporcionando segurança à população. Contudo, destacou que há espaço para fornecer energia de outras fontes, e por isso, há um projeto para contratar mais capacidade de diferentes modelos.
“O Brasil produz muita energia, especialmente com a introdução das energias renováveis, que ainda são intermitentes. Por isso, estamos esperando lançar, ainda este ano, nosso leilão de bateria, onde vamos armazenar energia do vento através de baterias”, antecipou.
O horário de verão é uma ferramenta acionada pelo governo federal durante a estação mais clara do ano, com a alteração dos relógios em uma hora em vários estados para economizar energia.
O horário de verão era adotado todos os anos desde 1931 até que, em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu vetá-lo, alegando que a mudança nos hábitos de consumo da população não justificava a implementação anual do dispositivo.
“Justo anseio da população brasileira [o fim do horário de verão]. Eu concordo que sempre reclamei do horário de verão, e tive a oportunidade, agora, atendendo às pesquisas que fizemos, que mostraram que mais de 70% da população era favorável ao fim do horário de verão”, afirmou Bolsonaro na ocasião.