Durante o segundo mandato do presidente Donald Trump, que começou em janeiro de 2017, um dos principais focos de sua administração é o controle da imigração ilegal nos Estados Unidos. A gestão está intensificando as detenções e a deportação de cidadãos em situação irregular.
Como resultado, o volume de remessas internacionais enviadas dos EUA para outros países aumentou significativamente, especialmente em direção à América Latina, onde residem a maioria das famílias dos imigrantes.
Dados da Inter-American Dialogue indicam que, até o final de 2023, mais de US$ 161 bilhões serão enviados em transferências a partir dos Estados Unidos. Este valor representa um aumento de até 8% em relação ao ano passado.
De acordo com especialistas, o México pode ser o único país a registrar uma queda nas remessas acumuladas até 2025. Em contrapartida, países da América Central, como El Salvador e Guatemala, podem ter um aumento de até 20% nas remessas, segundo a mesma entidade.
Esse aumento se deve à incerteza de muitos imigrantes sobre sua permanência nos EUA. Assim, para se protegerem, enviam seus bens de volta ao país de origem, garantindo acesso aos recursos caso sejam deportados.
Nos países receptores das remessas, os bancos estão se adaptando para facilitar as operações. Em Honduras, por exemplo, alguns instituições financeiras oferecem contas em dólares para transferências e até gestão de patrimônio pelo WhatsApp, com taxas competitivas.
Até o momento, as deportações realizadas pelos EUA neste ano alcançam quase o dobro do registrado no mesmo período do governo de Joe Biden. A administração está investindo recursos significativos para intensificar essa prática, incluindo a criação de um bônus de US$ 1 mil para agentes que realizarem detenções de pessoas em situação irregular.