Além dos produtos tradicionais da pauta exportadora, alguns itens alcançaram em agosto o melhor desempenho da série histórica, resultado da estratégia de diversificação de mercados. O sebo bovino registrou exportações de 64,7 mil toneladas, alta de 17,2% em relação a agosto de 2024, que totalizaram US$ 74,1 milhões (+36,4%), maior valor e volume já embarcados para o mês.
As sementes de oleaginosas (excluindo soja) atingiram 68,5 mil toneladas, crescimento de +10%, com receitas de US$ 71,3 milhões (+16,5%), ambos em patamar recorde. Os feijões somaram 58,4 mil toneladas, salto de +29%, movimentando US$ 49,5 milhões (+27,5%).
Já as rações para animais domésticos alcançaram US$ 35,9 milhões, subida de +22,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, também recorde para o mês. Outro destaque foi o óleo de amendoim, que avançou de 2,9 mil toneladas em agosto de 2024 para 13,3 mil toneladas em agosto de 2025, expansão de +358%, com receita de US$ 20 milhões (+573,4%).
Agronegócio brasileiro no mundo
A China segue como a maior compradora de produtos agropecuários brasileiros, com US$ 5,12 bilhões (alta de +32,9% em relação a agosto de 2024), o que representou 35,8% de toda a pauta exportadora do setor. Seguida pela União Europeia, com US$ 1,9 bilhão.
Já entre os mercados em expansão, destacam-se o México, com US$ 339 milhões, segundo maior parceiro comercial do Brasil na América Latina, que em relação a agosto de 2024, quase dobrou as importações (+91,9%), liderado principalmente pelas carnes.
Na sequência, aparece o Egito, com compras de US$ 342 milhões, alta de +14% em sua busca por nossos produtos, impulsionadas pelo milho. Vale mencionar ainda o crescimento das vendas para países da Ásia, como a Índia (+37,3%) e a Tailândia (+9,5%).
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, tais resultados de agosto refletem a estratégia de abertura e diversificação de mercados. Só no período foram abertos 22 novos mercados e, desde agosto do ano passado, o número de destinos habilitados passou de 58 para 72. Esse avanço é fruto direto das 55 missões internacionais de negociação e promoção comercial realizadas em 2025, que têm ampliado o acesso para diferentes cadeias produtivas.