
A recuperação foi limitada pelo desempenho da Petrobras (PETR3, PETR4), que permaneceu em baixa, apesar da valorização de mais de 1% do petróleo tipo Brent e WTI no exterior. As ações ordinárias recuaram 1,00% e as preferenciais, 0,58%. Parte do mercado também adotou uma postura mais defensiva, aguardando novos sinais sobre juros e política fiscal.
Entre os setores de destaque, as ações financeiras apresentaram um desempenho misto. O Bradesco avançou 1,47% nas ações ON e 1,61% nas PN, enquanto o Itaú PN subiu 0,19%. Por outro lado, Banco do Brasil e Santander encerraram o dia com leves quedas. A Vale ON teve alta de 0,77%, contribuindo para sustentar o índice.
Entre os maiores ganhos, a Ultrapar liderou o Ibovespa com um avanço de 5,54%, seguida pela B3, que subiu 3,43%, e pelo BTG Pactual, com alta de 3,04%. No lado oposto, a Hypera caiu 5,02%, a Brava recuou 3,10% e a Suzano perdeu 2,17%.
Política e exterior influenciam humor do mercado
O noticiário político também impactou o sentimento dos investidores. O governo intensificou as articulações para tentar aprovar a Medida Provisória 1.303/2025, considerada uma alternativa após a derrota na votação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros e líderes aliados para reverter votos, enquanto a oposição, liderada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN), prometeu barrar a medida.
A MP, que perde validade nesta quarta-feira, prevê uma arrecadação extra de cerca de R$ 17 bilhões em 2026, ano eleitoral. A equipe econômica argumenta que o esforço é necessário para garantir o equilíbrio fiscal e cumprir a meta de superávit. Para analistas, o impasse reforça a percepção de risco fiscal, um tema recorrente no mercado.
No cenário internacional, as bolsas de Nova York renovaram máximas históricas, impulsionadas pela leitura da ata da reunião de setembro do Federal Reserve. O documento mostrou amplo apoio à flexibilização da política monetária nos Estados Unidos, embora preocupações com a inflação persistam.
- S&P 500 subiu 0,58%
- Nasdaq avançou 1,12%
- Brent subiu mais de 1%
Segundo a consultoria Capital Economics, o tom da ata indica que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) deve desacelerar o ritmo de cortes de juros, mas sem encerrar o ciclo de afrouxamento. Isso reforça o apetite global por risco e mantém o dólar em trajetória de depreciação frente à maioria das moedas emergentes.
Maiores altas e maiores baixas
Cotações de Ações
Cotações extraídas em 08/10/2025 às 18:31
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Maiores Altas
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Maiores Baixas
*Cotações extraídas em 08/10/2025 às 18:31
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (7) em forte queda de 1,57%, aos 141.356 pontos.