
A estratégia de expansão da Smart Fit (SMFT3) combina padronização operacional, engenharia de pontos e disciplina financeira para transformar planejamento em execução diária.
Em entrevista ao Entre REIS & CEOs, o fundador Edgar Corona detalhou o plano: “Este ano vamos fazer entre 340 e 360 lojas — é uma loja por dia nessas 16 geografias”, afirmou, citando o avanço sobre toda a América Latina e a primeira operação no Marrocos.
O motor dessa “fábrica de aberturas” é o acerto na escolha de endereços e um capex mais eficiente. “A safra de 2024 é melhor que a de 2023, e 2025 vem melhor que 2024. O capex por loja, em termos reais, vem caindo, mesmo com lojas melhores”, disse.
Estratégias da Smart Fit (SMFT3) para abertura de academias
Segundo Corona, a companhia refinou a assertividade na seleção de locais, o que acelera a curva de maturação e melhora o retorno de cada unidade. A lógica comercial acompanha o mapa: preços variam por custo de ocupação — o que permite abrir lojas em bairros premium e em regiões mais populares sem sacrificar rentabilidade.
O calendário também favorece. Para capturar a demanda do início do ano, a rede concentra aberturas no fim de dezembro. “Chega em dezembro, inaugura 100, 110 de uma vez — três por dia — e janeiro explode em matrícula”, explicou.
No micro, a empresa trabalha com um horizonte de 24 meses para a maturidade de cada unidade; no macro, sustenta o ritmo com alavancagem entre 1,6x e 1,7x e investimentos anuais robustos — preservando margens: “A margem de loja fica perto de 50%, e o EBITDA consolidado roda na casa de 32%–33%”, disse o executivo.
Com 1.800–1.900 unidades hoje e presença em 15 países, Corona vê espaço para dobrar o parque nas geografias atuais. “Dá para virar 3.600”, afirmou, apoiado por um pipeline de pontos mais qualificado e por tendências que ampliam o universo de clientes — de geração Z mais ativa a novos praticantes atraídos por medicamentos GLP-1 e busca por recomposição de massa muscular.