A PDG Realty (PDGR3) vai agrupar novamente as suas ações, desta vez na proporção de 200 para 1.
A incorporadora já havia agrupado seus papéis em fevereiro, na proporção de 125 para 1. Contudo, propôs outro grupamento em agosto, com um fator mais radical, aprovado pelos acionistas em assembleia realizada na segunda-feira (13).
O novo grupamento foi aprovado devido à queda de quase 100% nas ações da PDG Realty no acumulado do ano, que voltaram a ser negociadas por centavos, chamando a atenção da B3.
A B3 impõe limites às chamadas penny stocks (ações que valem centavos) devido à alta volatilidade dessas ações, solicitando que a PDG ajustasse sua cotação para um valor superior a R$ 1 até o dia 12 de novembro.
Caso o prazo não seja cumprido, as ações podem ser negociadas de forma não contínua e excluídas dos índices da bolsa brasileira.
A PDG argumentou que a aplicação desse fator de grupamento resultará em um patamar adequado para a negociação das ações, considerando o momento do mercado e não impactando significativamente a dispersão e liquidez das ações da companhia.
Com a aprovação do grupamento, os acionistas da incorporadora terão 30 dias para ajustar suas posições em múltiplos de 200, e as ações serão negociadas de forma grupada após o final desse prazo.
Mais grupamentos
O grupamento de ações é a medida mais utilizada pelas empresas para sair do grupo das penny stocks. Com ele, um determinado número de ações é combinado em um único papel, reduzindo a quantidade e elevando a cotação das ações.
Recentemente, a PDG não foi a única companhia brasileira a recorrer a essa operação. A AgroGalaxy (AGXY3), Automob (AMOB3) e Westing (WING3) também já agruparam suas ações este ano, e a Infracommerce (IFCM3) fará o mesmo.
A Infracommerce aprovou um grupamento de ações na semana passada, na proporção de 20 para 1. O prazo para ajuste dos acionistas se estende até 6 de novembro, com as ações passando a ser negociadas de forma grupada a partir de 7 de novembro.