A entrada de um novo sócio na Raízen (RAIZ4) está movimentando as ações da empresa e de sua controladora, a Cosan (CSAN3), neste mês de setembro.
A expectativa é que a capitalização fortaleça a estrutura de capital da empresa, ajudando na redução do endividamento e na retomada de negócios.
Rumores indicam que investidores significativos, como a família Feffer da Suzano (SUZB3), André Esteves do BTG Pactual (BPAC11), e Itaúsa (ITSA4), além de empresas internacionais como Mitsubishi (M1UF34) e Mitsui (S1MF34), mostraram interesse.
Esses fatores impulsionaram as ações da Raízen no início de setembro, mas houve um ajuste recente, resultando em quedas na B3.
Um relatório do BB Investimentos, elaborado pelo analista Daniel Cobucci, analisa essa oscilação dos preços.
Oportunidade, mas com cautela
Segundo a análise do BB Investimentos, a capitalização da Raízen, por meio da entrada de novos sócios, pode ser a forma mais rápida de reestruturar a companhia e reiniciá-la em um ciclo de crescimento.
A empresa acumulou uma dívida líquida de R$ 49,2 bilhões. Assim, mesmo que avance em seu plano de desinvestimentos, como a venda de usinas de etanol e geração de energia, pode não ser suficiente para equilibrar sua estrutura de capital.
O analista Daniel Cobucci observou que as incertezas permanecem altas para os acionistas minoritários da Raízen.
“Por um lado, o mercado está avaliando a empresa com prazos longos para voltar a gerar caixa; por outro, não temos clareza sobre como será essa capitalização e seu efeito de diluição”, destacou.
Diante disso, o BB Investimentos reconhece que há um grande potencial de alta para as ações da Raízen, que cotam abaixo de R$ 2 na B3, mas mantém cautela em relação ao papel.
A empresa definiu um preço-alvo de R$ 2,30 para as ações até o final de 2026, mas recomenda uma postura neutra “até que se confirme se o pior já passou”.