A B3 perdeu mais uma empresa. Desta vez, a Reag Capital Holding, controladora da Reag Investimentos (REAG3).
A saída foi confirmada nessa terça-feira (7), em meio à tentativa de reestruturação do grupo, que foi alvo de uma megaoperação que investigou o uso de fundos de investimentos na lavagem de dinheiro do crime organizado.
Depois da operação, a Reag Capital Holding vendeu o controle da Reag Investimentos para executivos ligados à gestora, por meio da Arandu Capital Holding.
De acordo com a gestora, o objetivo era “proteger a integridade e a reputação da REAG Investimentos S/A, seus colaboradores, clientes e acionistas, diante das recentes e infundadas especulações às quais a Companhia foi submetida”.
A Reag ainda iniciou tratativas para vender outros de seus ativos, como a Ciabrasf (Companhia Brasileira de Serviços Financeiros), que tem ações negociadas na B3 sob o ticker ADMF3.
A avaliação da holding, no entanto, foi de que não fazia mais sentido manter o registro de companhia aberta depois desses movimentos. Por isso, a Reag Capital propôs o fechamento de capital, com a consequente deslistagem da B3.
O cancelamento do registro de companhia aberta foi aprovado pelos seus acionistas em 22 de setembro e recebeu o aval da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nessa terça-feira (7). Com isso, a holding passou a ser uma companhia fechada e se despediu da B3.
A expectativa da Reag Capital é de que o fechamento de capital contribua com a sua estratégia de simplificação societária e também lhe permita focar nos negócios em que tem maior diferencial competitivo.
As ações da Reag Investimentos (REAG3) e da Ciabrasf (ADMF3), por sua vez, continuam em negociação na B3. Contudo, a Reag deve ser alvo de uma OPA, liderada por seus novos controladores. As negociações para a venda da Ciabrasf continuam com a B100 Controle e Participações, a holding controladora do Grupo Planner.