
A projeção para o IPCA de 2026 permanece em 4,28%. Um mês antes, era de 4,30%. Considerando apenas as 66 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana recuou de 4,30% para 4,20%.
O Banco Central espera que o IPCA alcance 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme divulgado no último ciclo de comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom). No horizonte relevante, que é o primeiro trimestre de 2027, a expectativa é que a inflação em 12 meses seja de 3,4%.
Cenário de inflação ainda preocupa
Na última decisão, o Copom manteve a taxa Selic em 15% e observou que o cenário atual é caracterizado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. “O Comitê seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por um período considerável é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta”, destacou.
Na ata, o colegiado informou que, “à medida que o cenário se desenha conforme o esperado, o Comitê inicia um novo estágio, optando por manter a taxa inalterada e avaliando se essa estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta no longo prazo”.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua e se baseia no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.
Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho, em 10 de julho. A autoridade monetária publicou uma carta aberta informando que espera reduzir a taxa abaixo de 4,50% até o fim do primeiro trimestre de 2026.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%. Já a projeção para o IPCA de 2028 caiu de 3,70% para 3,68%.