
O UBS BB divulgou nesta segunda-feira (13) um novo relatório com projeções atualizadas para as ações da Sabesp (SBSP3). O banco revisou o preço-alvo dos papéis de R$ 136 para R$ 146, mas manteve a recomendação neutra, indicando que o potencial de valorização segue limitado no curto prazo.
A revisão reflete ajustes no modelo regulatório e uma nova metodologia de avaliação. Segundo o UBS, as mudanças impactam principalmente nas estimativas da Sabesp para 2026, com efeitos ligados à execução de investimentos e revisões tarifárias futuras.
O relatório também ressalta que o primeiro reajuste tarifário da companhia como empresa privada, previsto para dezembro, deve fornecer mais clareza sobre o tratamento regulatório dos investimentos realizados desde a privatização.
Por que o UBS revisou o preço-alvo de Sabesp (SBSP3)?
De acordo com o UBS BB, a revisão do preço-alvo foi motivada por alterações nos cálculos regulatórios e na metodologia de valuation. O banco passou a adotar um múltiplo de 6,1 vezes o EV/EBITDA, alinhado à média histórica do setor, em substituição ao modelo de fluxo de caixa descontado (DCF).
Em nota, os analistas afirmaram que aplicaram o novo múltiplo sobre o EBITDA projetado para 2027, resultando em um preço-alvo de R$ 146 por ação. “Aplicamos este múltiplo ao EBITDA de 2027, aumentando nosso preço-alvo para R$ 146 por ação (de R$ 136), mantendo recomendação neutra”, diz o relatório.
O UBS também incluiu no modelo um ajuste de R$ 1 bilhão relacionado a investimentos que tinham sido projetados no ciclo anterior, mas não foram executados pela companhia. Segundo o banco, essa penalidade deve impactar a revisão tarifária de 2025, a ser aplicada em 2026.
O relatório ainda indica que o primeiro reajuste tarifário após a privatização será relevante para definir o novo valor regulatório dos ativos (RAB) e a forma de compensação dos investimentos entre os ciclos tarifários. “Estimamos um reajuste nominal de 3% neste ano”, afirma o UBS sobre as ações da Sabesp (SBSP3).